sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Crônicas Cinzentas - Gwain, o Ranger Elfo [Parte 01]

Observação importante: Antes que atirem a primeira pedra, peço desculpas pela demora do post. Alguns contra-tempos profissionais necessitavam muita da minha atenção.
E o porque de eu não ter finalizado a aventura da “Taverna do Tronco Rubro”, também tem explicação. Na verdade, decidi explicar um pouco sobre o novo personagem que inseri, antes de postar a parte final. O que não esperava é que a intro do elfo ocupasse mais de um post, mas pela qualidade do texto, acredito que fica melhor assim.



Gwain, o Ranger Elfo

O elfo caminhara por semanas, sem parar para comer ou descansar. Em sua mente a lembrança da vilarejo em chamas e do sangue de seus amigos e irmãos só não era mais nítida do que o semblante do assassino que promoveu aquele massacre. O feiticeiro humano, cujo nome não era conhecido pelo elfo estava com seus dias contados. O ranger não sabia onde ou como enfrentaria e venceria, se fosse realmente possível vencer, aquele poderoso conhecedor da arte arcana, mas nada tiraria seu foco. Seu destino estava traçado.

Gwain, era o nome do elfo ranger descendente dos Anciões da Floresta, os mais antigos elfos da parte oeste do Grande Mar. Viveu em uma vila elfica conhecida com “Mae Govannen” às margens do grande rio Anguis. O vilarejo era quase que exclusivamente élfico, apesar de mercadores gnomos e meio-elfos aparecerem com certa frequência. Ele sempre fora um aluno aplicado e um amigo fiél.

Quisera ele estar na vila quando tudo começou. Foi tão rápido que nem mesmo os elfos mais experientes e sábios puderam prever. O ataque devastador não deixou sobreviventes, a não ser o ranger que havia saído para cumprir uma aposta que fizera com seu irmão Deowain. Uma brincadeira boba fora a última conversa que teve com ele. Aquelas lembranças provocaram as primeiras lágrimas da vida do jovem elfo, que sequer conhecia um sentimento tão forte e estranho para o elfos, mas tão comum entre os humanos.

Pôs-se a caminhar desde aquele dia, com todo ódio que poderia ter, buscando vingança. Quando finalmente parou, totalmente esgotado, desabou. Estava tão exausto que seu corpo não suportou e o manteve em estado de alfa por quase dois dias. Ali, junto da natureza em meio às animais e plantas, que recuperavam suas energias e sua sanidade para continuar a jornada. Precisava descansar e manter a calma, por mais difícil que aquilo poderia parecer.

Enquanto meditava seu corpo, sua mente e seu espírito entravam em sintonia. Um equilíbrio comum apenas nos mais anciões era alcançado por Gwain. Ao despertar, algo havia mudado no elfo. Aquele sentimento incontrolável de indignação, raiva e culpa, deu lugar a uma expressão serena, adivinda de um caçador agora frio e metódico. Nada que ocorrera em seu passado o abalaria e isso faria os assassinos de seus parentes e amigos pagarem pelo que fizeram. Ele os acharia, nem que fosse preciso matar todos os humanos que visse pela frente.

[Na semana que vem, postarei a segunda parte da saga do elfo e em seguida, o desfecho da aventura na Taverna do Tronco Rubro]

3 comentários:

  1. Tadinhooo... não sabia que a história dele era tão triste assim!!! Isso explica toda a rabugentisse dele
    =)

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  2. o que houve com o semana que vem eu posto o restante??? heheheh

    need more!!!!

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